Se eu te disser que a obesidade já atinge mais da metade da população brasileira, isso te surpreenderia? Pois é, segundo IBGE: obesidade já atinge metade da população adulta, isso é verdade.
O número elevado de pessoas que estão acima do peso pode ter sido ocasionado por diversos motivos, como a adoção de novos padrões alimentares pela população, mudança de hábitos devido à correria e ao stressdos dias atuais, mudança de fatores econômicos, e, até mesmo, por fatores genéticos ou hormonais de cada um.
O fato é que esse número é bastante alto e esse é um assunto preocupante, uma vez que a obesidade pode contribuir para o desenvolvimento de diversas doenças. Um exemplo dessas é a diabetes tipos 2*, que tem a obesidade como um de seus principais motivos causadores.
Há vários tratamentos para quem quer emagrecer e não ser mais obeso, como praticar atividade física, ter uma alimentação saudável e também, em casos extremos, realizar a cirurgia bariátrica. Pensando nisso, surge a pergunta: “Será que a cirurgia bariátrica também cura a diabetes tipo 2?”
A cirurgia bariátrica não visa somente o emagrecimento. Há algum tempo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou seu uso para pacientes que não conseguem controlar a diabetes tipo 2.
O relatório do CFM reintera que a cirurgia bariátrica ajuda a reduzir as taxas de glicose, ou seja, de açúcar no sangue. Primeiro, porque ela contribui para perda de peso, uma medida fundamental para controle da glicemia. Segundo, porque estimula a produção de substâncias corporais que reduzem a resistência à insulina (hormônio transportador da glicose para dentro das células) e preservam o pâncreas (órgão que produz esse hormônio).
Com isso, você pode se perguntar “Se eu decidir fazer a cirurgia bariátrica, como devo me preparar? E o que acontece depois?”
Após realizar uma cirurgia bariátrica, o paciente perceberá inúmeras mudanças corporais, mas vale lembrar que, com essas mudanças, também é preciso realizar uma mudança mental, abandonando o que popularmente chamamos de “pensamentos de gordo”.
Um dos maiores problemas de quem fez a bariátrica é desistir do acompanhamento médico e depois de perder os primeiros quilos, voltar a ganhar peso.
É por isso que, antes de se submeter a uma cirurgia bariátrica, o paciente precisa passar por uma avaliação multidisciplinar, que pode incluir uma série de especialistas, como endocrinologista, nutricionista, psiquiatra, psicólogo e avaliador físico.
Para quem decide realizar a bariátrica devido à diabetes tipo 2, deve saber que a cirurgia não é a cura efetiva da doença e cuidados devem ser tomados para não aumentar o peso na balança novamente.
…” A diabetes é uma doença metabólica que atinge mais de 12 milhões de pessoas no Brasil, sendo que mais de 90% destas são diabéticas tipo 2. “…
Efeitos colaterais da cirurgia bariátrica.
Os efeitos colaterais que podem acontecer após a realização da cirurgia bariátrica não são poucos, dentre eles estão a perda de cabelo e o mais conhecido, a Síndrome de Dumping.
A perda de cabelo acontece, pois a absorção pós-bariátrica de vitaminas, sais minerais e proteínas pelo organismo fica prejudicada. Os fios de cabelo podem sofrer quedas a partir da raiz e também é possível que, por estar mais fraco, o cabelo quebre com mais facilidade.
Já a Síndrome de Dumping acontece quando quantidades muito altas de alimentos passam rápido demais do estômago para o intestino delgado, causando grandes desconfortos.
Como o estômago do paciente é diminuído na cirurgia, a capacidade estomacal é menor e pode haver um rápido esvaziamento gástrico. Uma vez que não houve tempo suficiente para a realização da digestão e absorção dos alimentos no estômago, ao chegar no intestino, ocorrem diversas reações que podem causar mal estar, tontura, náuseas, diarreia, cansaço, desmaio, entre outros. Os sintomas podem aparecer de 30 a 60 minutos após a ingestão de alimentos (dumping precoce) ou de 1 a 3 horas após as refeições (dumping tardio).
Vencendo a diabetes tipo 2 sem cirurgia bariátrica.
Como personal trainer há mais de 15 anos, já ajudei centenas de pessoas a perderem peso e controlarem sua glicemia sem cirurgias, sem efeitos colaterais e com muito estudo e ciência.
A prática de exercícios físicos, como caminhada ou corrida, é considerada um remédio natural no combate à obesidade e para o controle da glicemia alta. Todos os médicos e nutricionistas indicam, pois, ao realizarmos exercícios físicos, além de gastarmos calorias, estimulamos nosso organismo a transportar o açúcar presente no sangue para dentro das células.
Pesquisa realizada recentemente pela revista Abril Saúde demonstrou que 79% dos diabéticos do Brasil consideram a prática de atividades físicas um hábito muito importante para ajudar no controle da glicemia, entretanto, mais de 60% desses não tiveram sucesso ao tentar praticá-las.
Se você deseja vencer a diabetes, aprender quais exercícios realizar e como deve iniciar, eu vou te ajudar. Preparei um material para você conseguir dar os primeiros passos, sair do sedentarismo e controlar sua glicemia.
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Stefano Pilon –
Personal trainer da glicose controlada
